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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

KODAK PEDE CONCORDATA EM NOVA YORK



A centenária fotográfica Eastman Kodak apresentou um pedido recuperação judicial nesta quinta-feira, para o Tribunal de Nova York, com o objetivo de reestruturar seus negócios que perderam espaço com a chegada de câmeras digitais no mercado.
A empresa, que inventou as câmeras de mão e ajudou o mundo a registrar as primeiras imagens da Lua, resistiu até o momento no setor de eletrônicos, mas julgou que precisa de um apoio externo e divulgou um comunicado em seu próprio site, dizendo que “a companhia e suas subsidiárias nos EUA entram com pedido voluntário de ′proteção` ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos”.

A Kodak recorreu à concordata depois de não conseguir levantar recursos para a sua recuperação financeira de longo prazo. Com o pedido, a empresa pretende reforçar a liquidez, valorizar a propriedade intelectual, resolver a atual situação de passivos e se concentrar nos ramos de negócios mais competitivos.

A empresa espera ter completado sua reestruturação nos EUA até o ano de 2013. "Toda a equipe administrativa acredita, por unanimidade, que este é um passo necessário para o futuro da Kodak", disse o presidente e diretor executivo, o espanhol Antonio M. Perez.

A pioneira do setor de fotografia, com mais de 130 anos, afirma que obteve US$ 950 milhões em uma linha de crédito de 18 meses do Citigroup e que continuará a operar. O financiamento e a proteção contra falência pode dar a Kodak o tempo necessário para encontrar compradores para algumas de suas 1.100 patentes digitais e remodelar seus negócios, garantindo o salário de seus 17 mil funcionários.

Em um texto tira-dúvidas para os seus empregados, a Kodak esclarece que este não é o fim da empresa e tenta acalmar rumores afirmando que outras companhias em situação financeira semelhante têm utilizado o mesmo processo com êxito, como a General Motors, a Chrysler e a Delta Air Lines.

"Vamos continuar as operações normalmanete durante todo o processo, incluindo o pagamento de salários e benefícios a nossos funcionários e o fornecimento de serviços de qualidade aos nossos clientes", garantiu a empresa em nota.

Até o final de setembro, o grupo tinha um total de ativos de US$ 5,1 bilhões, mas também tinha passivos avaliados em US$ 6,75 bilhões.

Da Agência O Globo

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